quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

Uma viagem sem destino

  Existia duas pessoas, Niklaus e Lina, que estavam andando de bicicleta no meio da estrada, para se divertir e também seguir para um novo lugar. Eles não se conheciam, mas por um desastre momentâneo passaram a se conhecer.
Lina não sabia andar de bicicleta muito bem, era bem atrapalhada e sem coordenação. Por não olhar direito acabou batendo sua bicicleta com a de Niklaus e os dois acabaram caindo. A queda foi feia, mas os dois estavam protegidos e só acabaram com as bicicletas que ficaram bem destruídas.
 Depois de verificarem que os dois estavam bem, ambos foram levando o resto das suas bikes para um ferro velho, ali próximo, para verem o que dava para ser feito com os restos das bicicletas. Até chegarem lá, foram conversando e a conversa fluía muito bem, apesar do acidente que acontera a pouco. Chegando no local, falaram com o responsável e o mesmo disse: -Elas estão bem danificadas, mas posso aproveitá-las, o que restou pelo menos, e fazer uma bicicleta dupla. Caso sigam para o mesmo local, podem aproveitar a viagem juntos. Lina e Niklaus se olharam, deram de ombros e pensaram: -Por que não?!


   Então seguiram juntos, a companhia era agradável, o tempo passava de uma maneira única, o cansaço mal aparecia. Conversavam sobre tudo, de quem era, o que fazia antes, como tinha sido a viagem até agora. Mas esqueceram de falar para onde iam.
O tempo foi passando e algumas dificuldades foram aparecendo. Quando aparecia duas rotas, um se equilibrava para um lado, enquanto o outro virava para o outro, no fim caiam. Não havia comunicação para onde iriam, apenas seguiam. Lina também não sabia andar bem de bicicleta, como já foi falado, e ela cansava rápido, se distraia fácil e com isso fazia o Niklaus pedalar pelos dois, ou mesmo caia por ter que seguir a viagem focado sozinho. Claro que houve compreensão e foram tentando achar uma maneira de seguirem viagem sem levar mais quedas, mas não havia "a sintonia".

  Eles iam felizes, animados e amando-se, mas caiam bastante. A bicicleta começava a apresentar problemas de desgaste, mas mesmo assim, continuavam.
Niklaus se sentia cansado por trabalhar muitas vezes por dois, enquanto Lina se sentia um peso para ele, pois ela sabia que não conseguia seguir no mesmo ritmo, não estava pronta para a mesma viagem que ele.
Até que houve uma queda e a bicicleta se partiu, ambos saíram machucados, então olharam um pro outro e falaram: -E agora?!
A viagem tinha sido boa, o amor havia aparecido, o carinho e a companhia eram incríveis, mas sabiam que se continuassem a tentar, só iriam ter mais cicatrizes das quedas, até ficarem bem acabados e cansados demais.

  Então ambos decidiram seguir a pé, até que chegou duas rotas mais uma vez e, depois de muita dificuldade, pois se passara muito tempo que estavam juntos, cada um seguiu seu caminho, infelizes por não terem sabido lidar com a viagem da melhor maneira.
Lina e Niklaus, amavam andar de bicicleta, sonhavam em ter uma moto e viajar juntos sem destino. Mas sabia que naquele momento, precisariam aprender a se equilibrarem e definirem os próprios objetivos sozinhos. Precisariam entender para onde queiram ir, para então viajar junto a uma nova companhia, ou mesmo juntos de novo, caso as rotas no futuro os unam futuramente. Depois de aprenderem a viajar sozinhos, apenas assim, poderiam viajar acompanhados sem machucados.

quinta-feira, 26 de maio de 2016

Decepções passadas e amores futuros


  Somos metamorfoses ambulantes, a cada experiência, a cada dia, acontece algo que nos modifica, mesmo que um pouco.
Nos relacionamentos isso não é diferente, a cada relação a pessoa é uma pessoa diferente. Nos primeiros namoros à pessoa tende a ser mais carinhosa, apaixonada, infantil (por ser imatura ainda), mais levada pelo emocional que o racional. Porém vem às decepções de cada relacionamento e assim, vai lhe moldando, no fim à pessoa não demonstra muito carinho, não é nada romântica, se torna racional demais e esquece de sentir as coisas, é fria e não se importa muito com cada relação, já entra numa relação pensando no fim dela.

  É normal nós mudarmos depois de cada decepção, é sobrevivência. Poucas pessoas têm a sorte de encontrar um alguém especial o suficiente logo da primeira vez, mas se você também é da maioria, se você não encontrou uma boa pessoa e ela te decepcionou, não culpe o mundo e se feche para as próximas relações, essa nova pessoa especial vai aparecer em algum momento na sua vida.
Mas se você tiver fria em relação a novos amores, a acreditar que o amor existe, como esse novo alguém poderá te mostrar o contrário, se nem você permite?

  Ninguém que você não conheceu é culpado por suas decepções. Se você acreditar que tudo será igual novamente, pode ser que não consiga encontrar o caminho de volta. Algumas pessoas acham que ocorre assim: Quando achar a pessoa certa ela vai me mostrar o que é o amor! Mas se você mesmo não ajuda na relação como ela vai fazer isso sozinha?

  Conforme você vai se tornando mais frio por causa das decepções do mundo, você se acostuma a falta do calor, e com isso, mesmo tentando, talvez não consiga sentir aquele frio na barriga por conhecer alguém novamente.

  É ruim começar uma relação quando a outra pessoa já não vê nenhum futuro nisso, pois acha que vai terminar do mesmo jeito. Se você era alguém romântica, carinhosa e isso foi se perdendo, busque de volta o quanto antes. Às oportunidades de conhecer esse 'certo alguém' irá aparecer, mas você precisa estar apta e pronta pra essa relação, senão, quando encontrar esse alguém especial ela será apenas mais uma pessoa que passou pela sua vida.


"Seu próximo amor não tem culpa do anterior."  - Paulo Pessato

quarta-feira, 20 de abril de 2016

Depressão



  A depressão, doença muitas vezes subdiagnosticada, está relacionada com a tristeza. Mas esse não é o único sintoma deste mal. Apatia, desinteresse, irritabilidade, abuso do álcool e outras drogas podem ser indícios da doença.
  As causas da depressão são várias e vão desde fatores ambientais até situações que fogem do previsível e geram estresse. As crises financeiras, por exemplo, marcaram o aumento do número de pessoas deprimidas e do consumo de medicações antidepressivas e ansiolíticos.
  A depressão pode ter tendência em caso genético, onde à pessoa tem uma pré-disposição a se sentir triste, cabisbaixa, sem conseguir enxergar as coisas boas na sua vida.
  A depressão é vista como tristeza por boa parte das pessoas, a doença acaba sendo agravada pelas pessoas próximas que não entendem pelo que a outra pessoa está passando. Muitas vezes falar coisas indevidas (Exemplo: a imagem a seguir) pode piorar a situação, fazendo a pessoa acreditar cada vez mais que ela está sozinha, já que ninguém a entende.

  Se a depressão se agravar até certo ponto, pode haver chances da pessoa que está depressiva procurar a saída mais “fácil”, o suicídio.
  Caso você pense que isso é algo muito incomum, que isso não vai acontecer com ninguém próximo a você, você está enganado. Segundo levantamento feito pelo Estado, de acordo com dados do sistema de mortalidade do Datasus, em dezesseis anos houve crescimento de 705% no número de mortes por depressão. Além disso, segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), cerca de 350 milhões de pessoas em todo o mundo são depressivas. A depressão é uma das doenças que mais incapacitam pessoas ao redor do mundo. De acordo com um estudo divulgado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), o Brasil é o país com a maior prevalência da doença no último ano, com 10,8% da população apresentando o distúrbio mental.
  É importante determinar à diferença entre tristeza e a depressão. Segundo a doutora Marília Gonçalves, professora do Departamento de Psicologia da Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR), a tristeza é um sentimento comum às pessoas saudáveis, e não significa que estão doentes, mas quando a tristeza persiste no tempo e os sintomas começam a dificultar o cotidiano, é necessária a procura de um diagnóstico diferencial e possível tratamento.
  Quando a pessoa está num nível de depressão alto e pensa em suicídio, ela não está fazendo isso sem dar indícios, na verdade ela quer sair daquela situação, porém não consegue enxergar um meio para isso. Frases como: -Não aguento mais...; -Eu queria sumir...; -Não tenho razão para viver!; -Morrer seria um alívio!; -Tenho ideia de pôr fim à vida; devem ser identificadas (quase como um pedido de socorro) e ser trabalhadas da melhor forma para dar apoio psicológico à essa pessoa.
  Para casos já diagnosticados com depressão por um evento psicológico à saída para isso é a busca de uma psicoterapeuta e algumas vezes o uso de medicação.
  Caso essa pessoa já esteja indicando traços de intenções suicidas o melhor a fazer é: Não deixar essa pessoa sozinha; Proporcionar novas experiências com a pessoa, sempre que possível, e também, respeitar o momento dela; Fazer com que se sinta amada, querida e respeitada.
  Há meios de ‘prevenção’ para que a depressão não ocorra, como: Bons relacionamentos pessoais; Práticas espirituais e religiosas; Estratégias de vida que proporcionem resiliência e bem-estar.

  “Depressão não é frescura, é uma doença grave e que pode matar. Portanto deve ser tratada com cuidados, e acima de tudo, amor.”


Referências:

OMS, Preveting suicide: a global imperative. Genebra: WHO, 2014.



terça-feira, 29 de março de 2016

Questione tudo


O ser humano está sujeito a aprender desde o nascimento. As manias que irá adquirir, a forma de se expressar, tudo vêm de como ele olha e aprende do mundo em que vive.
Quando a criança chega na fase dos "por que?" muitos pais não gostam, pois há muitas perguntas bobas, que para os pais é sem sentido ou chatas, mas para a criança é uma forma de aprender, de entender o novo mundo à sua volta. Às vezes essa criança é levada a acreditar que se deve aceitar as coisas como são ditas e não questionar. Para quem assistiu Castelo Rá-Tim-Bum! lembra daquelas cenas onde o Zequinha perguntava às coisas e no fim recebia a resposta: -Porque sim, Zequinha!
 Mas o "Porque sim" não é uma resposta.
  No mundo existem dois tipos de pessoas, aquelas que aceitam o que é repassado sem ao menos entender se faz sentido, sem questionar, apenas 'engole sem mastigar' o ensinamento. Felizmente, há outros tipos de pessoas, aquelas que procuram questionar, pessoas que mesmo explicando detalhes de maneira superficial, elas querem entender os pormenores, conhecidas também como 'pessoas críticas'. 
  O poder de um senso crítico é tão grande que todas as invenções, tudo que foi descoberto, foi por alguém ter questionado, por alguém ter procurado a resposta.
  Existe uma frase que escutei: "Nullius In Verba" - Significa de maneira geral: Questione às pessoas independente de quem seja. Mesmo que seja seu amigo, namorado, um governante ou um Deus, questione para entender.




"O começo da sabedoria é encontrado na dúvida; duvidando começamos a questionar, e procurando podemos achar a verdade. - Pierre Abelard"

sexta-feira, 18 de março de 2016

Que você não perca à vida apenas tentando ganhá-la.

A quem madruga Deus ajuda; O trabalho dignifica; Ser alguém na vida.
  Quando se olha para trás percebe-se que o tempo passa com uma velocidade incrível, ontem você estava entrando na faculdade e hoje está formado; ontem conheceu a pessoa da sua vida e hoje já está com filhos e uma bela casa, ontem você estava no primeiro dia de trabalho e HOJE?
O mundo está acostumado a rotular objetivos, frases como: -"Você precisa ser alguém na vida!" (relacionado a obter bastante dinheiro). Faz à pessoa acreditar em objetivos nada bons para conquistar. Buscar a felicidade visando o dinheiro, é o mesmo que dizer: -Viva para trabalhar!

Não é que trabalhar seja algo ruim, ao contrário, realmente trabalhar lhe mostra responsabilidades e coisas que durante a vida você não iria aprender. Respeito ao seu superior, organização, pontualidade, etc. Mas o problema é querer trabalhar para vida toda e esquecendo de viver.

Quantos casos você já deve ter ouvido falar sobre pessoas que no fim da vida se veem triste e solitárias por não terem aproveitado o que o dinheiro poderia oferecer (viagem, lazer, calma, educação, saúde)? Onde os mesmos conseguiram um patrimônio bom, mas estavam preocupados com trabalho e não em cuidar dos filhos, em ganharem dinheiro e férias seria não ganhar mais dinheiro, onde no fim os filhos buscam apenas a herança e não se preocupam em cuidar dos pais. Então os pais olham para trás e veem que não conheceu nenhum lugar, não tem mais lembranças felizes que estressantes, que criaram os filhos de maneira mimada e ausente.

A frase que diz: -"É mais fácil ver um pobre feliz do que um rico." Dá-se pelo fato que qualquer coisa para uma pessoa pobre é motivo de alegria, de festa e comemoração, enquanto o rico só pensa em ser mais rico, gastar mais com luxo sem aproveitar os momentos.

Não permita que sua felicidade dependa do financeiro, o tempo passa rápido, a alegria poderá vir de vários lugares, basta você permitir-se enxergar.

"Seja rico em memórias felizes, não em dinheiro."

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Entregue-se ao amor

  Um relacionamento independente de qual tipo seja (namoro, amizade, casório) necessita de que as duas partes façam suas devidas funções para dar certo, essas são: Atenção, carinho, respeito, humildade, etc. Isso todo mundo sabe, porém na hora de fazer é que complica. Tudo isso vai sendo feito, muitas vezes, pela proximidade das pessoas envolvidas, no começo tudo é pouco, mas com o tempo e o gostar isso vai aumentando.

  Mas ai que está a questão: Até que ponto devo me entregar em um relacionamento? Casos e mais casos de pessoas que conheceram alguém (principalmente namorado(a)) e acaba sumindo do mapa para seus amigos. Para essa pessoa apaixonada só existe esse alguém. Então toda atenção que antes era dividida com várias pessoas passa a ser de uma única pessoa, o namorado. É normal a pessoa gostar e usar o seu tempo com quem te faz bem, mas o que começa a estar errado é quando você esquece de quem te fez bem antes dele, quem te amou e cuidou de você quando você estava triste, sozinho, até mesmo decepcionado por ter se entregado à outro relacionamento. Essas pessoas são normalmente: amigos e a família.

  A pessoa começa a se apaixonar e começa a ter olhos somente para esse alguém amado. Mas qual o problema disso?  O problema que tudo precisa de espaço e tempo. Viver para uma única coisa, relacionamento, te faz cego. Você só vê aquilo que quer ver, não entende mais o resto, e como é natural, esse relacionamento novo poderá dar errado e se você entregou tudo à essa pessoa, o que sobrará de você? Quem irá te ajudar se você sumiu para todos?


  Ame, entregue-se seu amor à essa pessoa que você conhece e confia, mas não esqueça dos seus outros amores que estiveram lhe apoiando e lhe ajudando quando precisou, pois eles que irão estar presentes quando seu relacionamento desandar.
  Tudo demais é veneno, amar algo demais também é. Saiba dosar e dividir sua atenção com as pessoas importantes para você, cada um tem a própria função na sua vida, basta você continuar permitindo que elas estejam presentes.



"Não permita que sua felicidade dependa de algo que possa perder - Rosa de Saron"

segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Se unam em vida

  Desde sempre houve busca de poder, seja poder territorial, recursos limitados, e agora o símbolo de poder é dinheiro. Todos querem ter, até porquê não pode viver nesse mundo sem ele, pode dizer que é um mal necessário.
  O problema está quando a busca pela finança consome sua vida ao invés de completá-la. Quando você gasta sua saúde, todo tempo no trabalho sem sua família. Então ai tem alguma coisa errada.

  O mundo está tão ocupado procurando soluções de organizar seu tempo e maximizar a qualidade de vida que esquecem de viver. A família que antes se sentava numa sala para conversar, não faz mais isso. Muitas vezes os próprios pais mal veem seus filhos, pois quem leva eles pra escola é outra pessoa e quando chegam em casa eles já estão dormindo.

  Muitas pessoas estão tão ocupadas que mesmo quando tem uma família que mora na mesma cidade que elas, não se reúnem, a não ser em caso de enterro ou natal. A família não se conhece mais, estão muito ocupados para isso. Precisam de um motivo forte para se reunir, não é mais pelo prazer, e sim pela obrigação.


  É triste saber que a maioria das pessoas quando chega na velhice se arrepende de não ter aproveitado melhor o tempo com as pessoas que amou.

  Não espere um funeral, uma data especial para se fazer presente, para ter um motivo de encontrar com seus amigos/família.

"É preciso amar como se fosse o último dia, essa vida é muito curta, passa muito rápido. A gente só tem uma chance para viver."