quarta-feira, 20 de abril de 2016

Depressão



  A depressão, doença muitas vezes subdiagnosticada, está relacionada com a tristeza. Mas esse não é o único sintoma deste mal. Apatia, desinteresse, irritabilidade, abuso do álcool e outras drogas podem ser indícios da doença.
  As causas da depressão são várias e vão desde fatores ambientais até situações que fogem do previsível e geram estresse. As crises financeiras, por exemplo, marcaram o aumento do número de pessoas deprimidas e do consumo de medicações antidepressivas e ansiolíticos.
  A depressão pode ter tendência em caso genético, onde à pessoa tem uma pré-disposição a se sentir triste, cabisbaixa, sem conseguir enxergar as coisas boas na sua vida.
  A depressão é vista como tristeza por boa parte das pessoas, a doença acaba sendo agravada pelas pessoas próximas que não entendem pelo que a outra pessoa está passando. Muitas vezes falar coisas indevidas (Exemplo: a imagem a seguir) pode piorar a situação, fazendo a pessoa acreditar cada vez mais que ela está sozinha, já que ninguém a entende.

  Se a depressão se agravar até certo ponto, pode haver chances da pessoa que está depressiva procurar a saída mais “fácil”, o suicídio.
  Caso você pense que isso é algo muito incomum, que isso não vai acontecer com ninguém próximo a você, você está enganado. Segundo levantamento feito pelo Estado, de acordo com dados do sistema de mortalidade do Datasus, em dezesseis anos houve crescimento de 705% no número de mortes por depressão. Além disso, segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), cerca de 350 milhões de pessoas em todo o mundo são depressivas. A depressão é uma das doenças que mais incapacitam pessoas ao redor do mundo. De acordo com um estudo divulgado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), o Brasil é o país com a maior prevalência da doença no último ano, com 10,8% da população apresentando o distúrbio mental.
  É importante determinar à diferença entre tristeza e a depressão. Segundo a doutora Marília Gonçalves, professora do Departamento de Psicologia da Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR), a tristeza é um sentimento comum às pessoas saudáveis, e não significa que estão doentes, mas quando a tristeza persiste no tempo e os sintomas começam a dificultar o cotidiano, é necessária a procura de um diagnóstico diferencial e possível tratamento.
  Quando a pessoa está num nível de depressão alto e pensa em suicídio, ela não está fazendo isso sem dar indícios, na verdade ela quer sair daquela situação, porém não consegue enxergar um meio para isso. Frases como: -Não aguento mais...; -Eu queria sumir...; -Não tenho razão para viver!; -Morrer seria um alívio!; -Tenho ideia de pôr fim à vida; devem ser identificadas (quase como um pedido de socorro) e ser trabalhadas da melhor forma para dar apoio psicológico à essa pessoa.
  Para casos já diagnosticados com depressão por um evento psicológico à saída para isso é a busca de uma psicoterapeuta e algumas vezes o uso de medicação.
  Caso essa pessoa já esteja indicando traços de intenções suicidas o melhor a fazer é: Não deixar essa pessoa sozinha; Proporcionar novas experiências com a pessoa, sempre que possível, e também, respeitar o momento dela; Fazer com que se sinta amada, querida e respeitada.
  Há meios de ‘prevenção’ para que a depressão não ocorra, como: Bons relacionamentos pessoais; Práticas espirituais e religiosas; Estratégias de vida que proporcionem resiliência e bem-estar.

  “Depressão não é frescura, é uma doença grave e que pode matar. Portanto deve ser tratada com cuidados, e acima de tudo, amor.”


Referências:

OMS, Preveting suicide: a global imperative. Genebra: WHO, 2014.