A depressão, doença muitas vezes subdiagnosticada, está
relacionada com a tristeza. Mas esse não é o único sintoma deste mal. Apatia,
desinteresse, irritabilidade, abuso do álcool e outras drogas podem ser
indícios da doença.
As causas da depressão são várias e vão desde fatores
ambientais até situações que fogem do previsível e geram estresse. As crises
financeiras, por exemplo, marcaram o aumento do número de pessoas deprimidas e
do consumo de medicações antidepressivas e ansiolíticos.
A depressão pode ter tendência em caso genético, onde à
pessoa tem uma pré-disposição a se sentir triste, cabisbaixa, sem conseguir enxergar
as coisas boas na sua vida.
A depressão é vista como tristeza por boa parte das pessoas,
a doença acaba sendo agravada pelas pessoas próximas que não entendem pelo que a
outra pessoa está passando. Muitas vezes falar coisas indevidas (Exemplo: a
imagem a seguir) pode piorar a situação, fazendo a pessoa acreditar cada vez mais que
ela está sozinha, já que ninguém a entende.
Se a depressão se agravar até certo ponto, pode haver
chances da pessoa que está depressiva procurar a saída mais “fácil”, o suicídio.
Caso você pense que isso é algo muito incomum, que isso não
vai acontecer com ninguém próximo a você, você está enganado. Segundo
levantamento feito pelo Estado, de acordo com dados do sistema de mortalidade
do Datasus, em dezesseis anos houve crescimento de 705% no número de mortes por
depressão. Além disso, segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), cerca de
350 milhões de pessoas em todo o mundo são depressivas. A depressão é uma das
doenças que mais incapacitam pessoas ao redor do mundo. De acordo com um estudo
divulgado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), o Brasil é o país com a
maior prevalência da doença no último ano, com 10,8% da população apresentando
o distúrbio mental.
É importante determinar à diferença entre tristeza e a
depressão. Segundo a doutora Marília Gonçalves, professora do Departamento de
Psicologia da Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR), a tristeza é um
sentimento comum às pessoas saudáveis, e não significa que estão doentes, mas
quando a tristeza persiste no tempo e os sintomas começam a dificultar o
cotidiano, é necessária a procura de um diagnóstico diferencial e possível
tratamento.
Quando a pessoa está
num nível de depressão alto e pensa em suicídio, ela não está fazendo isso sem
dar indícios, na verdade ela quer sair daquela situação, porém não consegue
enxergar um meio para isso. Frases como: -Não aguento mais...; -Eu queria
sumir...; -Não tenho razão para viver!; -Morrer seria um alívio!; -Tenho ideia
de pôr fim à vida; devem ser identificadas (quase como um pedido de socorro) e
ser trabalhadas da melhor forma para dar apoio psicológico à essa pessoa.
Para casos já diagnosticados com depressão por um evento
psicológico à saída para isso é a busca de uma psicoterapeuta e algumas vezes o
uso de medicação.
Caso essa pessoa já esteja indicando traços de intenções suicidas
o melhor a fazer é: Não deixar essa pessoa sozinha; Proporcionar novas
experiências com a pessoa, sempre que possível, e também, respeitar o momento
dela; Fazer com que se sinta amada, querida e respeitada.
Há meios de ‘prevenção’ para que a depressão não ocorra,
como: Bons relacionamentos pessoais; Práticas espirituais e religiosas;
Estratégias de vida que proporcionem resiliência e bem-estar.
“Depressão não é frescura, é uma doença grave e que pode
matar. Portanto deve ser tratada com cuidados, e acima de tudo, amor.”
Referências:
OMS, Preveting suicide: a global imperative. Genebra: WHO, 2014.