domingo, 31 de agosto de 2014

Não tema a morte, apenas viva!

  Quantas vezes você deve ter pensado sobre: se hoje fosse seu último dia, e a morte chegasse em sua porta, você  morreria com arrependimento?
 Talvez muitas, assim como muita gente. Como dizem a única certeza que se tem quando nasce é que você morrerá no futuro, não importa o que faça, a morte do corpo até o momento é inevitável. Alguns creem num Ser Superior e também num objetivo ou esperança para a vida após a morte, onde alguns ensinam que a morte do corpo é passageira, mas discutir isso não será o objetivo dessa postagem.
  Esse assunto a MORTE pode parecer complicado e evitado por muitos, quase um tabu, mas todos pensam nisso, no entanto escondem, acham que se pensar pode atraí-la. Não sabem que a VIDA e a MORTE estão ligadas intimamente e que para uma vida mais satisfatória deve-se entender coisas que só entendido quando relacionado ao fim da vida.
  Algumas pessoas responderam essa pergunta, mas a ideia sempre é a mesma, as pessoas tem arrependimentos, seja do que já fez, ou que deixou de fazer. As vezes são coisas simples como não ter chamado a garota para sair, não ter tido mais contato com os pais, isso são coisas possíveis e que você poderia estar fazendo isso agora, as vezes numa distância de uma ligação. Outras parecem um pouco mais complicadas como viajar para tal país, conhecer tal lugar, pois necessita de empenho, planejamento e perseverança.

  A música Epitáfio - Titãs, mostra muito bem o arrependimento de muitos em relação a vida. Quantas coisas a pessoa sonha em fazer. Acordar cedo para aproveitar melhor o dia, ver o sol se por, fazer uma filantropia, dar um bom dia para as pessoas na rua, são coisas bem simples, algo fácil de se fazer, porém o tempo passa muito rápido o universo parece conspirar contra os sonhos, no fim quando percebe-se a pessoa já está velha e não fez nem metade do que tinha como objetivo, se arrependeu de não ter feito o básico.


  As vezes coisas como passar mais tempo com a família, algo muito comum nos arrependimentos se dá por uma simples questão, cobiça. (Para mais detalhes: A busca pela felicidade financeira),

  E seus sonhos... Você sonha em fazer algo diferente das demais pessoas, algo que saia da sua rotina, pular de paraquedas, ajudar crianças na África ou em lugares mais necessitados, visitar pessoas no hospital e tentar trazer alegria para elas, conseguir viajar para fora, entre outras?
  São muitos sonhos, alguns parecem impossíveis, outros você poderia fazer agora. Mas por que não faz sendo assim?
  Existe muitos motivos, dois são bem conhecidos:
  1. Pode-se deixar para fazer ou começar amanhã;
  2. É um sonho impossível.
  A pessoa pensa que mesmo hoje ela estendo com esse sonho, saudável, não há condições apropriadas, tempo suficiente para começar ou realizar o objetivo, seja conversar com a pessoa dos sonhos ou começar a escrever um livro.
  Quando coloca-se barreiras nos próprios sonhos, a pessoa já praticamente desiste. O mundo é complicado para aqueles que tentam seguir os próprios sonhos, então colocar barreiras as vezes inexistentes dificulta mais o inciar dos planos.


  Esqueça tudo que lhe falam sobre o impossível. Não existe barreiras para quem quer. Não tema a morte, ela será inevitável, mas se perder seu tempo pensando em quando ela vir vai esquecer do mais importante... VIVER.
  Lembre-se o HOJE é o dia para se fazer algo, o amanhã pode não te dar as mesmas oportunidades.
  Lembre-se há pessoas a sua volta, não tema pedir ajuda, todos precisam de alguém para te ajudar a levantar quando tropeçar.
  Viva como se fosse o último dia, sorria, abrace, diga que ama, fique mais tempo com quem lhe faz bem, veja mais o por do sol, deseje um bom dia, beije, enfim CARPE DIEM!


Quando a indesejada das gentes chegar
Talvez eu tenha medo. Talvez eu sorria e diga:
O meu dia foi bom, a noite pode descer.
Encontrará lavrado o campo, a mesa posta, a casa limpa, cada
coisa em seu lugar.
                                                        (Manuel Bandeira - Consoada)

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Amor e Liberdade

"Era uma vez um pássaro. Adornado com um par de asas perfeitas e plumas reluzentes, coloridas e maravilhosas. Enfim, um animal feito para voar livre e solto no céu, alegrar quem o observasse.
Um dia, uma mulher viu este pássaro e se apaixonou por ele. Ficou olhando o seu voo com a boca aberta de espanto, o coração batendo mais rápido, os olhos brilhando de emoção. Convidou-o para voar com ela, e os dois viajaram pelo céu em completa harmonia. Ela admirava, venerava, celebrava o pássaro.
Mas então pensou: talvez ele queira conhecer algumas montanhas distantes! E a mulher sentiu medo. Medo de nunca mais sentir aquilo com outro pássaro. E sentiu inveja, inveja da capacidade de voar do pássaro.
E sentiu-se sozinha
E pensou: "Vou montar uma armadilha. A próxima vez que o pássaro surgir, ele não mais partirá".
O pássaro, que também estava apaixonado, voltou no dia seguinte, caiu na armadilha, e foi preso na gaiola.
Todos os dias ela olhava o pássaro. Ali estava o objeto de sua paixão, e ela mostrava para suas amigas, que comentavam: "Mas você é uma pessoa que tem tudo". Entretanto, uma estranha transformação começou a processar-se: como tinha o pássaro, e já não precisava mais conquistá-lo, foi perdendo o interesse. O pássaro, sem poder voar e exprimir o sentido de sua vida,  foi definhando perdendo o brilho, ficou feio - e a mulher já não prestava mais atenção nele, apenas na maneira como o alimentava e como cuidava de sua gaiola.
 Um belo dia, o pássaro morreu. Ela ficou profundamente triste, e vivia penando nele. Mas não se lembrava da gaiola, recordava apenas o dia em que o vira pela primeira vez, voando contente entre as nuvens.
Se ela observasse a si mesma, descobriria que aquilo que a emocionava tanto no pássaro era a sua liberdade, a energia das asas em movimento, não o seu corpo físico.
Sem o pássaro, sua vida também perdeu o sentido, e a morte veio bater em sua porta. "Por que você veio?", perguntou à morte.
"Para que você possa voar de novo com ele no céu", a morte respondeu. "Se o tivesse deixado partir e voltar  sempre, você o amaria e o admiraria ainda mais; entretanto, agora você precisa de mim para poder encontrá-lo de novo"."
11 minutos - Paulo Coelho

  Você gosta de ter as coisas só para você? Provavelmente sim, assim como eu, a maioria das pessoas prefere ter algo e estufar o peito e dizer: -Isso é meu!
  Porém o que poucos entendem que para ter algo próximo não necessariamente precisa possuir e querer mandar em sua vida, é bem diferente disso.
  Todos já foram à mulher dessa história. Já quiseram possuir e prender quem se gosta pensando que o quanto mais perto, menos ausente essa pessoa ficará, pode parecer esquisito, mas isso não é verdade. 
  Talvez já viveram sendo o pássaro, que apesar de tudo que tem a oferecer, acaba perdendo o brilho, a alegria e esses detalhes que lhes engrandecem por sentir-se sufocados, por não ser valorizado as ações e os sacrifícios que se toma para estar próximo à pessoa. O pássaro no início era livre, poderia ir e vir para todos os lugares, poderia conhecer o resto do lindo mundo, porém preferia apesar de tudo isso ficar perto da simples mulher que gostava, onde ela não soube agradecer o esforço dele e o sacrifício que ele fazia e tentou possuí-lo com medo de perder.  

  Muitas pessoas diz que entendem o amor, que sabe o que é liberdade, mas parecem não aplicar o seu "saber". 
  Acham que amar é ter alguém para beijar, acariciar, estar perto, mas o amor está muito além disso. Acham que o amor é possuir o outro, mas não sabem que o amor e liberdade devem caminhar juntos, pois um sem o outro sufoca, deprime, entristece.

  A liberdade não está ligada a fazer o que quer, por exemplo: se está numa relação a dois e poder sair ficando com outras pessoas, porquê se diz livre (claro que existem pessoas que autorizam isso e vivem uma relação liberal). Porém é quando se está com alguém e ela escolhe ficar com ela sem pressão, sem ser porque a outra diz que o ama, sem dó, onde esse alguém poderia estar fazendo milhares de outras coisas, mas prefere a companhia dela. Tem liberdade para sair com os amigos (amigos mesmo, não aqueles que querem acabar com o que você tem) e a namorada ou a mulher não estar com raiva quando você chegar em casa por isso.
  O que a pessoa dá como liberdade não está ligado ao quão ciumenta a pessoa é. Há pessoas ciumentas que aceitam que não podem/devem controlar/mandar no seu parceiro, pois quando alguém realmente quer algo, a pessoa faz. Se a pessoa quer trair, ela fará isso embaixo do seu nariz independente se você está preocupado ou não. Por isso deve-se dar a liberdade, mostrar o que você tem a oferecer, se for bom para ela, e essa pessoa também tiver uma boa índole, ela não trocará você por outro alguém. "Uma relação com diálogo e ser sincero em ambas as partes evita qualquer tipo de traição."

  O amor não quer dizer o quanto tempo se está pensando na pessoa, quantas horas conseguem se falar por celular, ou se você tem ciúmes (como dizem: Quem gosta tem ciúmes). Isso é muito relativo de cada relação.
  Em cada relação que a pessoa realmente gosta da outra ela passa muito tempo pensando, planejando o melhor para agradar o parceiro, mas não necessariamente ao fazer tudo na sua vida lembrando dela, isso está mais para paixão que o próprio amor. Há pessoas que não conseguem ou não se sente tão bem em ter uma boa conversa por celular, gosta de algo com mais contato visual, isso é errado? Não! Antes não havia celular ou telefone, então deveria acusar aquele pessoal de não amar por não estar escrevendo dez cartas ao dia? Claro que não!
  O ciúmes é algo que varia de cada ser, mas é verdade que quando a pessoa gosta mesmo que de uma forma branda a pessoa tem medo de perder quem ela gosta, seja amigos, namorado, e isso é o ciúme. A intensidade que isso vem depende muito do seu controle sobre os seus pensamentos sobre a pessoa em questão e sobre a sua confiança nela. Quem gosta realmente tem ciúmes, mas não necessariamente briga por isso.
  Quando a pessoa tem um amigo muito próximo, onde esse amigo começa a conhecer outras pessoas e se torna mais distante, bate uma falta, um medo de perder, isso é normal, mas não quer dizer deva brigar com ele ou proibir ele de conhecer outras pessoas, se confia nele e sabe que ele considera um real amigo, ele não substituiria essa pessoa assim . Isso vale também para namoros e qualquer outro tipo de relacionamento. Ciúme combate-se com confiança.



"Ninguém pode possuir ninguém, mas cada um pode viver com alguém."